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Origens e História


Origens:

No decorrer do século XVII, segundo cronistas da época, teria surgido no Pelourenço, um homem de nome Soeiro. Quem era, então, este homem que viveu durante algum tempo tendo à sua volta apenas mato, lobos e javalis?

Para alguns seria um renegado, um fora da lei, um perseguido político ou um desertor. O que é certo é que foi vivendo em liberdade e acabou por passar do Pelourenço, para uma meia encosta soalheira, onde foi construir a sua própria casa, no local da Eira. Segundo consta, esta seria a primeira ou segunda casa do lado esquerdo de quem sobe da Eira para o quelho.

Com o decorrer do tempo e dadas as boas condições geográficas e climatéricas do lugar, foram atraídas outras famílias que acabaram por se fixar neste lugar.

Segundo informações colhidas, as primeiras famílias que habitaram e formaram a aldeia de Soeirinho foram os Mendes; os Almeidas; os Cardosos; os Olivenças; os Fernandes e os Geraldos, sendo os Cardosos aqueles que detinham o poder económico e político. Desta família fazia parte o Pároco António Fernandes Cardoso que elaborou um pequeno livro "Ventura do Homem Predestinado - Desgraça do Homem Precito", publicado em 08/08/1879, do qual doou metade dos lucros da venda para o ao culto da imagem do Santíssimo Coração de Jesus, que se venera na Capela de Soeirinho, como em muitas das aldeias daquela região.

A aldeia de Soeirinho, nos seus primórdios, encontrava-se num total isolamento, subsistindo os seus naturais através da agricultura. Esta era efectuada em pequeníssimas parcelas, dado ser uma região montanhosa, e o árduo trabalho do campo apenas chegava para a subsistência das famílias que lá habitavam. De modo a colmatar um pouco as necessidades por todos vividas, havia quem explorasse carvão proveniente de torgas de moita que eram arrancadas pelas serras circundantes.

Outra actividade dos naturais da aldeia era o pastoreio, exercido por quase todos com maior ou menor rebanho, consoante a possibilidade económica de cada família.



Factos Históricos:

Não sendo o Soeirinho uma terra de riquezas, com excepção da família dos Cardosos que possuíam propriedades em vários concelhos da região, foi alvo de um assalto, por parte da quadrilha do Padre Farinha. O assalto deu em nada, sendo os elementos da quadrilha abatidos ou postos em debandada.

Conta a história que os assaltantes desceram da Cruz das Almas em direcção à aldeia, onde eram esperados por alguns habitantes que tinham armas de caça e que dos pequenos janelos (julgamos que ao Passadiço) os alvejaram, provocando alguma confusão aos assaltantes. Até porque as suas armas não disparavam, devido a terem apanhado humidade, já que estiveram acampados nos sobreiros da Mina.

E porque é que a aldeia estava preparada para se defender do assalto?

É que , ao cair da noite, o Padre Farinha mandou três homens à aldeia, de espingarda ao ombro, que foram pedir à venda umas garrafas de aguardente. Estaria certamente frio ou cacimbo e o aguardente seria para se aquecerem... Isto despertou a desconfiança. O aspecto dos três homens era bem conhecido por vaguearem pela região os Brandões e os Zés do Telhado. No escuro da noite foi fácil espiar a posição da quadrilha e depois, ninguém mais se deitou para limpar as armas e encher cartuchos com chumbo derretido, pregos e brochas.

Soeirinho, na alvorada, teve o seu dia mais trágico e o seu dia de maior glória. Dos assaltantes que conseguiram escapar, um ainda se aquartelou por detrás da Fraga da Pena. Tinha a espingarda operacional e amor à vida. Não deixava ninguém aproximar-se e ia disparando à espera de uma abertura para fugir do esconderijo. Mas não teve sorte, estrebuchou com uma chumbada, que foi disparada por alguém que se encontrava nas Sobreiras (terreno situado nas traseiras da Casa de Convívio), e foi contar ao diabo que o último assalto em que entrou foi o do Soeirinho.



Isolamento:

Durante 2 ou 3 séculos, Soeirinho viveu quase em perfeito isolamento da sua sede de concelho (Pampilhosa da Serra). Apenas existiam carreiros de cabras.

Inclusivamente, os mortos para serem transportados para o cemitério da vila, iam em esquifes, seguindo um trajecto que passava pelos Poios, Póvoa seguindo depois até à Pampilhosa. Este total isolamento acarretava uma rude ausência de condições mínimas, como seja a falta de comunicação e o facto de a água que era utilizada pela aldeia ser proveniente de uma fonte de chafurdo, utilizada por pessoas e animais. Esta fonte ficava situada na estrada que passa acima da actual Fonte Velha.



Conclusões:

Soeirinho, aldeia beirã incrustada nas serras, por muitos conhecida pelos "Jardins da Serra", tem ao longo da sua existência vivido situações adversas, lutas e conflitos, alegrias e grandes momentos festivos. Do isolamento total e de uma existência diminuta, tem ao longo do tempo conseguido desenvolver-se e realizado importantes obras, de modo a tentar melhorar a vida de todos aqueles que lá habitam e de outros que lá se deslocam para retemperar forças gastas no seu dia a dia.


Data inscrita na parede de uma casa recém recuperada: 1832


Data inscrita na parede de um pátio: 1904


Data inscrita na parede de uma casa devoluta: 1922









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Publicado em: 2005-09-08 (5510 leituras)

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